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A mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz acentua a visão da Paz como um caminho de esperança que supõe o diálogo, a reconciliação e a conversão ecológica.

Nela se descobrem ideias que Francisco vem repetindo, de modo especial nos tempos mais recentes.
Assim, e como eco da sua recente viagem ao Japão e dos seus apelos à eliminação total das armas nucleares, da recusa do uso destas (como sucedeu nesse país na II Guerra Mundial), mas também da sua simples posse (que hoje continua a verificar-se em muitos países como instrumento de dissuasão), o Papa sublinha nesta mensagem que a paz autêntica não pode basear-se numa lógica de desconfiança, ameaça e medo.
A segurança que pode decorrer da dissuasão nuclear, do chamado “equilíbrio do terror” (assente no medo que decorre do perigo e ameaça de uma aniquilação total e recíproca) será sempre ilusória. Na verdade, como já se tem afirmado, há sempre o risco de tais armas serem utilizadas por quem, tresloucado, nem se detenha diante desse perigo. E, sobretudo, porque a verdadeira paz deve basear-se na confiança mútua, no diálogo e na reconciliação, o que não se compadece com a ameaça e o medo.
Já no período da “guerra fria”, quando confrontado com esta questão, São João Paulo II tinha afirmado que a dissuasão nuclear só seria eticamente admissível como etapa provisória de um percurso em direção a um desarmamento multilateral e controlado. Aquilo a que assistimos, porém, é que o fim da “guerra fria”, que se esperaria poder conduzir a esse desarmamento, não teve esse efeito e a chamada “corrida aos armamentos” não cessou.
A paz – sublinha também a mensagem – supõe a reconciliação, «romper a espiral da vingança e empreender o caminho da esperança». Para tal: «O outro nunca há de ser circunscrito ao que possa ter dito ou feito, mas deve ser considerado pela promessa que traz em si mesmo».
A paz assenta na justiça e «nunca haverá paz verdadeira se não formos capazes de construir um sistema económico mais justo». Relembrando a encíclica Caritas in Veritate, do Papa Bento XVI, a mensagem afirma que a justiça do sistema económico exige «a progressiva abertura, em contexto mundial, para formas de atividade económica caracterizadas por quotas de gratuidade e comunhão».
A mensagem liga a construção da paz à conversão ecológica. Neste aspeto, voltamos a encontrar ecos da atenção do Papa por esta questão, atenção que o tem levado a falar dos “pecados ecológicos”. O modo como a questão é abordada nesta mensagem esclarece bem que, contra o que têm dito alguns dos críticos do Papa Francisco, não se trata de prestar um culto panteísta à natureza, de amar animais, plantas, rios ou montanhas por si mesmos, mas de uma decorrência do amor a Deus e ao próximo
(neste incluindo as gerações futuras), como sucede com a condenação dos outros pecados, que são sempre faltas de amor a Deus e ao próximo. Afirma a mensagem, nessa linha: «os recursos naturais, as numerosas formas de vida e a própria Terra foram-nos confiados para serem “cultivados e guardados” (cf. Gn 2, 15) também para as gerações futuras, com a participação responsável e diligente de cada um. Além disso, temos necessidade duma mudança nas convicções e na perspetiva, que nos abra mais ao encontro com o outro e à receção do dom da criação, que reflete a beleza e a sabedoria do seu Artífice». A conversão ecológica «leva-nos a uma nova perspetiva sobre a vida, considerando a generosidade do Criador que nos deu a Terra e nos chama à jubilosa sobriedade da partilha».


Pedro Vaz Patto

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